segunda-feira, janeiro 16, 2006

True love comes around ... (?)

Será a vida uma procura pelo amor ou pela felicidade?
Será o amor a felicidade, ou vice-versa?
É o amor que nos faz felizes ou a felicidade que nos traz o amor?
E o que queremos nós do amor? E da felicidade?

O amor é como o metropolitano! De dez em dez minutos (ou menos) lá ouvimos o som electrizante da sua chegada e, se estivermos próximo da linha amarela, que não nos deixa cair à linha, levamos com a sua brisa fresca e suave no rosto e nos alvoraça os cabelos ligeiramente. E começemos mesmo por aí, por quem pisa a linha amarela riscada no chão ou se antecipa ante ela ... Quando pisamos o eixo que nos compete, interferindo naquele principio de a liberdade do outro começar quando a nossa termina, pode dar para o torto, tudo aquilo que queremos pode cair em cima de nós, pode nos atropelar e deixar em mau estado. Ou, então, quando nos antecipamos aos acontecimentos e nem sequer deixamos o metropolitano estacionar para nos deixar embarcar.
O sinal sonoro do aviso que dá alerta para as portas fecharem começa a gritar em plenos pulmões, existe quem queira entrar à força e às vezes entala-se, outras, consegue à socapa por milimetros entrar e fica sempre com aquele ar de quem só queria roubar um tijolo mas caiu-lhe o prédio todo. Depois destes incidentes normalizados, seguimos viagem, porém, antes disso, tentamos acomodar-nos, só que nem sempre temos lugar no coração de alguém, é como não ter assento, por vezes temos de esperar de pé pela disponibilidade próxima e rezar com os botões que o anúncio da Nivea volte rapidamente às carruagens: - Se não usar Nívea Roll On, por favor baixe o braço! Durante uns tempos o metropolitano cheirava a primavera!
Por vezes precisamos de fazer o mesmo itinerário vezes sem conta para encontrar um lugar disponivel, ou então, procurar ir pelas outras linhas disponiveis no trajecto, mesmo assim fazendo vezes e vezes o mesmo trajecto não reparamos num número de pormenores e detalhes que nos rodeiam porque estamos demasiado ocupados com tantas coisas que nos flutuam na cabeça(Pode ser que ele estaja lá perto e nós nem vemos). E, também, existe quem encontre o lugar disponível mas não saiba sentar-se nele correctamente mas o que nos faz continuar a usar o metropolitano não é só o passe social é que há quem encontre o seu lugar numa estação, existe até quem repita muitas vezes o itinerário acompanhado pela pessoa que é o seu par de sapato!
O que me desilude mesmo é quem mendigue, ao que o amor nos faz chegar. Será o amor a nossa maior ameaça tal como um ataque suícida movido pelo que os jornais nos mostram?
E por fim chego ao meu destino, estava no meio do comboio, não sei que escada devo tomar, se a direita ou a esquerda, e as indicações também não me dão muito poder de escolha... Não tive assento desta vez mas ainda me falta a volta, quem sabe não seja desta! Agora na hora de ponta é que eu não me meto ...
Ficarmos impunes?

3 comentários:

Lord_Nelson disse...

Adorei esta tua teoria meu amigo. Eu prefiro apanhar o autocarro ou o taxi.

Unknown disse...

Lolol!
Obrigado Nelson pelo teu apoio por estas novas bandas!
Obrigado, amigo!

Pralaya disse...

Adorei a comparação do amor ao metro, eu faço sempre a mesma comparação mas com os autocarros...