quinta-feira, janeiro 26, 2006

dentes porque é que estao a ser maus para mim?

Começo por dizer que estou cheia de dores de dentes.
Faço aqui o meu primeiro post, ainda em terras lusas, mas por pouco tempo.
Não escrevo com intuito nenhum em concreto, so com o objectivo de vos saudar e de dizer que gosto muito de voces...sim de voces, que sois contributors(!!),deste tºao aclamado blog.....
Vou ter imensas saudades vossas, mas tb sei que posso contar com voceses po que der e vier, e que apesar de estarmos geograficamente afastados, estamos ligados por outros meios,ne?
Espero que este seja o começo de uma contribuiçao activa da minha parte, aqui notoca a rodar, e que estou a fazer um esforço para por acentos e essas merdas....maso q eu curto e escrever sem acentos, e com bacuradas, COMO SE NAO HOUVESSE AMANHA.,mas é melhor nao ferir susceptibilidades:P
bem amigos por hoje chega ,esta dor d dentes tame a corroer, mas é sinal de que estou viva, que é o contrario de estar morta:P
beijinhos a cair de sono***muah

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Deal Again?

Estou no computador, farto de vaguear pelas milhões de ondas prontas a surfar, espero que a tua janelinha apareça no cantinho do meu monitor. Atrás de mim, a noite nua, a lua composta no cenário e um frio de estremecer qualquer personagem mas ainda assim atrevo-me a ir fumar um cigarro, volto, ainda não apareceu a tua janelinha... Sem nada que fazer, jogo o jogo dos desocupados, aquele desafio tão dificil de superar, a paciência de esperar. Cantas-me ao ouvido palavras belas compostas em frases elocuentes. E já joguei montes de jogos, tu não apareces e eu não ganho nenhum. Repetição de Deal Again? Foda-se, os olhos já me pesam vou é dormir.

Manhã cedo. Bom dia fofinho, na voz berrante do despertador! E que é feito daquela treta de que a alegria vem pela manhã? As lágrimas ainda me escorrem pela face fora. Pó banho! Merda! Está a chover e a roupa que preparei de vespera não dá, volta atrás. Deal Again?
No outro lado da cidade a B, à chuva entre o trânsito, sim Lisboa também tem disso! Atrassadissima como sempre mas na sua, cheia de estilo com as mãos a segurar o jornal para a proteger da chuva, os carros cheios de pressa, cinzentos, páram para olhar tal personagem no ecrã, ela adora aquilo e eles ainda buzinam e ela provoca mais. Diz entredentes, num sorriso desenhado para uma flor, "Oh filho não apites assim que não é a minha frase preferida de engate!" E lá chega ao seu destino toda catita!

O trabalho está sem emoção, normalmente, o trabalho é a cura das minhas ressacas. Volto para o jogo do desocupado, agora, apenas espero a hora de sair daqui. Volto a perder todos os jogos, sem exagero. I'm not the lucky one!
- Mas que merda é esta?
- Que é que foi?
- Eu antes ganhava sempre, não me digas que tenho de ir à bruxa.
- Ah!?
- Mas estás parvo ou fazes-te? Deve ser lá as manias do teatro?
- Olha como assim está longe vou é ao horoscopo na net mete mete...
- Vai e vê o meu também ... É que hoje vou ter um encontro!
- Vaca! AhAhAh E desde quando não tens um encontro?
- Então estamos em época de saldos, e fui à benetton buscar um amigo United colors!Há que aproveitar!
- Vaca ao quadrado! Eu compreendo-te, estás no teu ano, com o Cow Parade e tudo!
- Isso querias tu!
- O que eu queria era ganhar o jogo! Porque camisolas da United colors of Benetton tenho eu muitas e até dá para a troca. Eu agora ficava mais com um modelo exclusivo. Estás a ver o género?
- Sim mas se estamos em saldos tens de te ir pondo na moda... Deixa-te lá de conversa fiada e desvenda o que nos diz os astros.
- A sorte é que somos do mesmo signo, poupo os cliques ao rato! Diz que vamos tropeçar num grande amor.
- Eu sabia, tinha cá um feeling, eu nunca me engano!
- A julgar por mim, ainda tropeço no caixote do lixo e sai de lá o sr que os recolhe com aquela farda a matar, e o perfume channel. Como eu adoro homens de uniforme e perfumados! Hummm. Tens razão, não te enganas!

Que soem as trombetas! Hora de sair, ainda não ganhei o fdp do jogo. As tuas palavras fazem-me flutuar pela avenida abaixo, viva o mp3 não me dás duas sem a terceira que eu adoro! Ligo-te não me atendes. Bem posso chamar o teu satelite que tu já me disseste que és surdo. Aliás eu é que sou cego por não ver que eu não te cheiro.

O jantar à luz das velas, e agora com a lux a dar cor à nossa vida de pobres que compram (in)utilidades aos molhos como o alecrim, foi um sucesso. A sobremesa já estava no papo. O que interessava à B agora era na casa dela ou na dele. Lá se decidiram na dela, a B adorava jogar em casa! E acordam felizes, continua a chover mas para a B está sol, quer dizer, a B já acordou com o peso da aliança no dedo! Ele até a levou ao trabalho o que a deixou com a certeza de que era desta que ela tinha acertado no número da etiqueta!
No caminho, ele, amorosamente, pegou-lhe na mão, assim que estacionou à porta do edificio, começando com a introdução de violinos e flores aos pés, inspirou um bafo do cigarro ( que romântico) e expirou o mesmo demoradamente. Para a B aquilo era timidez ... Que querido, não é? Deixou de ser quando ele lhe disse todas as qualidades que ela tinha de A a Z mas que eram insuficientes e a mandou pastar. Ela ainda tentou regatear o preço de saldo mas em vão porque ele deu-lhe um beijo para o caminho. A B sai do carro, furiosa, manda com a porta do carro e manda-o, também, à merda. Ele arranca com o carro enchendo-a com o conteúdo da poça mesmo ali à mão de semear. Quem anda à chuva molha-se, lá diz o povo.

Cheguei a casa pronto para terminar aquele jogo, é agora ou nunca, eu não gosto de ser ursinho de peluche que só te lembras quando vais dormir. É agora, sim, a tua janelinha apareceu sorridente a interromper-me a maratona de jogos perdidos. Puta de sina! Agora vais ouvir tudo, agora eu vou dizer tudo como os malucos, assim mesmo à má fila. Tu resumes tudo a mandares-me um beijinho e que tens de ir. Então vai. E olha quando tu foste as cartas saltaram de alegria, eu ganhei, eu ganhei este jogo. Deal Again? Hung Up meu caro!

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Insónia

Está calor…
Afasto as roupas de cima do meu corpo, destapo-O também, um murmúrio, um estremecer, sinto a companhia do Seu acordar. Mas o corpo imobiliza-se no canto da cama, a respiração estabiliza, e os sonhos voltam a Ele.
Sento-me, a cabeça pende para trás, e um ruído de tédio escapa-se do fundo do meu egoísmo. Olho para aquela sombra enroscada ao meu lado, as costas nuas e quentes desprezam a minha insónia.
Levanto-me e vou até à janela, esta range quando a abro sem cuidado, o frio húmido da noite choca com a minha pele quente, o chão gelado por baixo dos meus pés, o toque metálico do caixilho…sinto a incontornável certeza da minha presença ali naquele momento, onde não quero estar, onde não quero ser.
O frio empurra-me de novo para a cama, quase anseio pelo quente das pernas Dele, aquecer-me Nele, adormecer Nele…Mas o momento seguinte apaga esse conforto, não quero dormir, não quero ficar, quero falar, gritar, chorar, amar…não quero ficar quieta.
Sento-me de novo, mas desta vez com brusquidão propositada, o colchão resmunga preguiçosamente, mas Dele não sai um só som. Sem pudor chamo-O…sem resposta…talvez não me ouça enrolado no Seu sono perfeito. Deito-me e olho o tecto, não tento mais quebrar esse encantamento…neste momento Ele não é meu, e eu estou só.

Outras Formas de Sentir a Metereologia...

Boletim Meteorológico
Eu tenho um certo gozo em ver-te contente
Já sei que o meu sentimento é banal
Mas nem por isso o que eu digo
A meu ver é menos importante
Às vezes apetece-me oferecer-te um presente
Mas nem sempre calha
E quando calha é quase sempre
Aparentemente insignificante
Por exemplo gostava de te dar uma paisagem
Com camelos e mar ao fundo
Maravilhosa e serena
Tranquilamente estimulante
Mas como pintor sou um desastre
E como economista ainda mais decepcionante
Mesmo assim eu insisto em fazer parte
Do teu mundo
O boletim meteorológico anunciou calor
Não vou duvidar
Faz sentido no meu sistema solar
Imagina que eu sou um ilusionista
Que arranca coisas do chão, do chapéu, do coração
Talvez assim vejas em mim um homem novo
Todo elegante
O que na verdade sou e a verdade
Pode ser elevada à coisa sonhada
Reinventada por muito se querer
E eu quero ser o teu amante
Desta vez vou construir uma cama de espuma
Adequada à função de voar
Com limpa-pára-nuvens
Mesmo à altura do teu olhar
Se for preciso um pára-quedas arranjamos
Uns milagres em bom estado prontos a usar
Se achares que não valeu a pena, aí lamento
Mas não posso mesmo concordar
O boletim meteorológico anunciou calor
Não vou duvidar
Faz sentido no meu sistema solar
Faz sentido no meu sistema solar

Jorge Palma

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Meteorologia...

-Boa Noite a todos! O meu nome é André, tenho 20 anos e ... tenho um problema! Preciso de ajuda!
Do outro lado da sala oiço murmurios ... «Se fosse só um?» (...) E até admito para os meus botões que é verdade não ter só um, já não seja estar ali no palanque com mais meia dúzia de doidos como eu mas que agora também não interessa nada.
- Olá André! - Respondem como se fossem o coro de Sto. Amaro de Oeiras em versão pilhas fracas e sem o entusiasmo da época natalícia.
- ... Eu, eu, não só tenho meia noite sem tirar nem pôr como em todos os meus primeiros e seguintes encontros falo e oiço sobre a meteorologia!
A sala olha-me com desprezo e agora só oiço bocejos. Ignoro-os, eu tenho de deitar isto para fora. Passo a referir alguns exemplos:
« - Opah! Eu não posso olhar mais para casacos, este ano só comprei casacos, até já tenho demais.
- Pois ... Este ano, este inverno, está muito frio!
- Ah! Nem tanto, lembro-me de anos bem piores. »
Outro:
« - Então, tudo bem?
- Sim ... Está calor, hoje, não achas? »
Ainda há mais:
« - Humm ... Estou com tanto soninho! Vens para a cama?
- Vou já! Está quentinho aqui... »
A sala continua completamente desinteressada. Olha que se lixem, agora vou concluir isto para ver se o orientador se despacha a passar-me os comprimidos e não injecções, porque injecções é que não! Ele que arquitecte depressa o programa dos 12 passos que com sorte será um por mês! - Não seria melhor, repararem no sorriso de alguém do que no céu, de olharem nos olhos e verem de lá um brilhozinho qualquer? Ou, então, nem sequer falar e pregar logo ali um beijo? Ou comer chocolate no cinema enquanto me dás a mão( porque sou eu que tenho medo do escuro)? Isto já está tão enraízado que é dificil contornar, é do tipo, se o bom dia não funcionou, por favor, olhe para o céu, faça um ar convicto e refira um qualquer comentário sobre o estado do tempo. Vai ver que resulta! É que até podem ter ali o verdadeiro amor ao lado e perdem esse tempo de vida a falar no estado do tempo. Por Deus ... Assustei-vos?Não houve reacção da plateia entusiata, nem o orientador se dignou a dar cavaco. E eu pensava q assustava alguém ...
Eu não me conformo, eu tenho um problema com a meteorologia ou será com os primeiros e seguintes encontros!?

Eu só consigo ver o sol. Oiço os pássaros alegremente a chilrear.
Sinto o aroma das flores em cada poro. Saboreio o desabrochar da Primavera.
Tacteio o teu tronco macio e robusto neste jardim.
Mas como?
Se o céu está cheio de nuvens prestes a choverem.
As aves migraram atrás do sol.
Apenas cheira a terra molhada.
A primavera é uma miragem e as àrvores estão despidas.
Porque tu fazes-me viver nessa primavera cada vez que entras nos meus sonhos ...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

True love comes around ... (?)

Será a vida uma procura pelo amor ou pela felicidade?
Será o amor a felicidade, ou vice-versa?
É o amor que nos faz felizes ou a felicidade que nos traz o amor?
E o que queremos nós do amor? E da felicidade?

O amor é como o metropolitano! De dez em dez minutos (ou menos) lá ouvimos o som electrizante da sua chegada e, se estivermos próximo da linha amarela, que não nos deixa cair à linha, levamos com a sua brisa fresca e suave no rosto e nos alvoraça os cabelos ligeiramente. E começemos mesmo por aí, por quem pisa a linha amarela riscada no chão ou se antecipa ante ela ... Quando pisamos o eixo que nos compete, interferindo naquele principio de a liberdade do outro começar quando a nossa termina, pode dar para o torto, tudo aquilo que queremos pode cair em cima de nós, pode nos atropelar e deixar em mau estado. Ou, então, quando nos antecipamos aos acontecimentos e nem sequer deixamos o metropolitano estacionar para nos deixar embarcar.
O sinal sonoro do aviso que dá alerta para as portas fecharem começa a gritar em plenos pulmões, existe quem queira entrar à força e às vezes entala-se, outras, consegue à socapa por milimetros entrar e fica sempre com aquele ar de quem só queria roubar um tijolo mas caiu-lhe o prédio todo. Depois destes incidentes normalizados, seguimos viagem, porém, antes disso, tentamos acomodar-nos, só que nem sempre temos lugar no coração de alguém, é como não ter assento, por vezes temos de esperar de pé pela disponibilidade próxima e rezar com os botões que o anúncio da Nivea volte rapidamente às carruagens: - Se não usar Nívea Roll On, por favor baixe o braço! Durante uns tempos o metropolitano cheirava a primavera!
Por vezes precisamos de fazer o mesmo itinerário vezes sem conta para encontrar um lugar disponivel, ou então, procurar ir pelas outras linhas disponiveis no trajecto, mesmo assim fazendo vezes e vezes o mesmo trajecto não reparamos num número de pormenores e detalhes que nos rodeiam porque estamos demasiado ocupados com tantas coisas que nos flutuam na cabeça(Pode ser que ele estaja lá perto e nós nem vemos). E, também, existe quem encontre o lugar disponível mas não saiba sentar-se nele correctamente mas o que nos faz continuar a usar o metropolitano não é só o passe social é que há quem encontre o seu lugar numa estação, existe até quem repita muitas vezes o itinerário acompanhado pela pessoa que é o seu par de sapato!
O que me desilude mesmo é quem mendigue, ao que o amor nos faz chegar. Será o amor a nossa maior ameaça tal como um ataque suícida movido pelo que os jornais nos mostram?
E por fim chego ao meu destino, estava no meio do comboio, não sei que escada devo tomar, se a direita ou a esquerda, e as indicações também não me dão muito poder de escolha... Não tive assento desta vez mas ainda me falta a volta, quem sabe não seja desta! Agora na hora de ponta é que eu não me meto ...
Ficarmos impunes?
- Não achas que temos de falar
- Não, acho que estamos atrasados para o jantar
- Mas, eu tenho de falar contigo
- Diz lá então, mas relativamente depressa que ainda tenho de ir ao banhinho
- Então, sinto a tua falta, tenho todas as tuas coisas ainda cá em casa, construí um mini altar à tua pessoa, olho para a tua fotografia ao acordar, até guardo as tuas coisa vazias, só para dar a sensação que ainda andas por cá…
- E…
- Então, volta para mim…
- O quê?
- Volta para mim, nada faz sentido sem ti, por favor…
- Calma, calma, repete lá...
- Volta para mim...
- Então, recapitulando: rapariga gosta de rapaz, rapaz gosta de rapariga, têm uma relação relativamente constante, até consideram fazer uma vida em comum, de repente rapaz fica confuso, não sabe o que quer, “não gosta o suficiente” segundo sua própria definição, rapariga fica na merda, durante muito tempo rapaz procura sexualmente rapariga que entra no jogo, porque pensa que é uma forma de chegar ao mesmo, e porque gosto de sexo a qualquer altura, também não seria sempre nem totalmente por tua culpa, nem de perto, nem de longe, e agora, rapariga refaz a sua vida sozinha, passa à frente, interessa-se por outras pessoas, o que por sua vez não resulta em nenhuma relação estável e como tal, o rapaz sente-se no direito, de como agora é ele que quer, pedir à rapariga para voltar para si…olha…toca a rodar…no sentido literal do termo, porque nessa posição não dá jeito para te levantares para irmos para o banho e no sentido figurado, porque agora, sou eu que não quero…
- Mas então, não significou nada?
- Atenção, carinho e sexo, mas não fiques com essa cara, são situações que conheces de cor
- Não estava à espera, só isso...
- Vá lá, isto é assim, mais uma volta, mais uma viagem, o menino não paga, mas também não anda…
- E eu não ando?
- Neste carrossel não, até porque eu estou farta das banheiras giratórias e dos bancos, agora quero no mínimo um cavalinho...
- Acho que sim, é justo...
- Mas, se há coisa que se salva sempre é o bom sexo e a amizade, do mal o menos...agora vamos mas é para o banhinho, ou chegamos atrasados para jantar…
- E quando encontrares o cavalinho?
- Se encontrar, o que já vou duvidando que aconteça, olha, salva-se a amizade...

E assim nasce a filosofia de vida: Toca a Rodar!

sábado, janeiro 14, 2006

A merda que sou...

AVISO: Este Post não é aconselhado a pessoas sensiveis, que pensam no suícidio, depressivas, também àquelas que ainda acreditam na raça humana, enfim, a todos, é apenas um desabafo. E não vale a pena criticarem porque eu avisei, aliás não minto.

Quero anunciar aqui com toda a pompa e circunstância que sou uma MERDA. Não é daquelas mal cheirosas, é higiénica. Eu até pensava que era gente e sentia-me englobado naquela cena de que o sol quando nasce, nasce para todos mas hoje vi a noite e realmente percebi que só a escuridão me assola. Não vale a pena fazerem-me pensar que é o contrário porque é tempo desperdiçado...
Começei o primeiro dia do ano com os amigos a darem-me um sermão para ser uma merda melhor, coitados não tiveram muita sorte porque eu continuei na E.T.A.R. . Tenho pena dos minutos que eles gastaram com a merda que eu sou, também, sou a favor da misericórdia, penso que fica sempre bem ( catolicismos à parte!).
Convenci-me desta ideia que já me vocacionaram à muito, pela destreza que o amor tem de nos mostrar estas coisas. Eu até sou uma merda com um sorriso colgate (nem tanto porque o Monóxido de Carbono não só mata como também amarela os dentes...) então cagam e andam.
Até já pensei no suícidio mas DEUS fez-me uma merda comprida e nem pelo cano abaixo vou, nem em pleno novo milénio inventam uma sanita capaz.
Bem, e é só, desculpem lá roubar tempo de antena aos candidatos presidênciais ( Não quero cá merda com o poder legislativo), só tenho pena de vos atrasar para os vossos afazeres por terem tropeçado nesta merda e sujado os sapatos. Não se preocupem, isto agora passa quando alguém puxar o autoclismo e friccionar no Brizzze Toca e Fresh (antes foge).

domingo, janeiro 08, 2006

Are you near?

Acordei com a sensação de que me tocavas nos cabelos mas nem sequer estás aqui. Queria ter uma visão romantica do meu despertar mas acordo com a merda do telemóvel a gritar por mim. Antes fosses tu... continuava no estado romântico, é apenas a C.
-Estavas a dormir? Em plena alegria de viver o estado de graça que Deus nosso Senhor dá às mulheres, a gravidez.
-Não, que ideia! Com a voz ainda presa no fundo dos sonhos que já nem lembro bem quais.
-Olha, liguei-te porque não tinha com mais quem falar e tenho saudades tuas.
-Vaca! Eu também te adoro, dá-me um minuto para ir buscar um cigarro! Levanto-me da cama num pulo.
-Olha eu agora só fumo um cigarro, por causa do bébé.
-Eu fumo muitos pelos bébés que encontro na puta da vida. Isto é só duques C.!
-Então que se passa?
-Estou uma merda! Isto é uma merda! Tu deves é ser Bruxa porque pareces que adivinhas que estou aos caídos.
-Lá estás tu na fase do calimero.
-Se soubesses... Está bem que não estou em África mas foda-se... Se ao menos tivesse um filho como o que vais ter, tinha o grande amor de uma vida, castrava-me, e vivia feliz porque sabia que ele ia sempre amar-me.
-Lá isso... compartilhamos o dogma.
-C, vê por ti. Não é verdade? A quantos entregaste o teu coração? Quantos é que o te devolveram em cacos? Quantos é que quiseram colá-lo?
-Também, nem tudo nasce com o mesmo fado, tu ainda...
-Nem acabes a puta da frase porque farto dessa estou eu, cansado de correr atrás de ilusões. De dar mais de mim do que tenho.
-Bem tenho de ir depois falamos.E não me fiques assim.
-Já sabes que acabo sempre por rir depois de chorar.Beijos, adoro-te.
A C é o melhor exemplo de alguem que tudo deu por amor, para ser amada e amar. E foi sempre castigada por isso. Será que temos sempre de ser castigados quando queremos mais?
Será que serei castigado de ir atrás de ti? Só me apetece seguir isto. Pior é que já me conheço e só vou descansar até provar deste veneno. Quem te mandou pagar? Agora tenho de ir a mais uma volta...

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Toca a Rodar ... sff!

A noite era fria lá fora, lá dentro as emoções faziam o meu corpo suar. A música cantava mais alto dentro de mim, a moldura humana era mais do que apetecivel...
Já com mais do que um copo a ter tido nas mãos, com a incerteza de não saber o que queria realmente... Deambulava pelas bocas que compunham a moldura humana, entregando o que era e ao mesmo tempo não entregando nada. E depois de mais um beijo, mais uma viagem talvez um novo beijo e que desta vez ele me tocasse, me apertasse. Sinceramente, ali não se sabe se queres o da frente ou o de trás porque depois vem o da esquerda e ficamos com dúvidas se afinal não será o da direita. Pura Luxúria ...
E tudo começa com um beijo ingénuo, terno e timido. Tropecei na aventura, em mais uma das minhas loucas viagens. Agora mais uma volta ...
- Hola! Q tal guapo?
- muy bien cariño ...
- es guapo
- y tu tambien ...
- Where you from?
- Execuse me but i speak a litle bit english, my friend speak more...
- Hi!
- Hi! How are you?
Caio no meio de três franceses, qual deles o melhor ... Indeciso na escolha que vou fazer a seguir, e como não quer a coisa sou salvo pelo bongo, a minha música, o DJ lembrou-se de mim ...
- Do you wait for me? I go dacing a litle bit and i come back ...
- Of course!
- Thanks!
Ao regressar encontro o meu amigo que já não o via desde que a noite tomava forma. Conto-lhe rapidamente o que se passava e em sorrisos cumplices deixamos a linha e avançamos para Bingo. Ele revela-me quem estava interessado em mim ... E sem mais demoras tudo começa com um beijo profundo, daqueles que separa a alma do coração.Ficamos ali como se o relógio fosse uma peça decorativa. Quando os nossos lábios se largam para retomar o folêgo, olho para o lado e reparo na brasa de cair para a banda que me olhava dos pés à cabeça. E começam, novamente, as minhas hesitações. Bem que faço agora?
- Do you wait for me? Olhando para os dois ao mesmo tempo e com as mãos do C cravadas na minha cintura, fazendo coceguinhas vez a vez.
- Oh.. Ah... Eh ... Well ... Ok! Com um olhar triste.
Sem mais demoras chego perto do outro e prego-lhe um grande beijo.E quando aquilo termina...
- Hi!
- Hi!
- Where you from?
- Holland!
- Amesterdam?
- Yes!
- Ok ... Well! You aren't my type... Bye ... Your kiss is bad... Execuse me
E voltei para junto do C, o sorriso dele voltou a brilhar, os amigos dele completamente desvassados do que estava a acontecer perguntam-lhe se ele não se importava de eu ter feito o que fiz. Ele olhou-me nos olhos e disse que eu era lindo, maravilhoso e não se importava. E beijou-me.
Entretanto, depois de muitos mais beijos e caricias à mistura. Ele vai embora depois de acertarmos agendas e números de telefone e despedimo-nos com mais um beijo. Volto para a pista, qual o meu espanto quando me agarram o braço, era um amigo do C, o F, eu refiro que eles estão a ir embora e ele espeta-me um beijo, e que beijo!
- It's a big secret!
- Our big secret!
E vai embora ...
No dia a seguir encontramo-nos todos, após conversas mais que profundas, como se uma corrida contra o relógio para descobrir tudo o que faz parte de nós. Enquanto beijo o C tenho os olhos de F cravados nos meus. Não sei o que fazer, apetece-me fugir mas ao mesmo tempo ficar ... Que merda. Só me aparecem é duques! E de paus que sou obrigado a assistir...
Depois do jantar, C pega na minha mão e leva-me pela cidade da nossa existência passeando o nosso amor recém-nascido, ingénuo, puro e imaculado. A sensação de liberdade eleva-me o espírito, eu não quero que isto acabe. Eu estou em pleno climax. E é aqui que mesmo sem saber que me deixei ir, apaixonado e cego.
Acordei, os amigos foram embora. O C e os amigos dele também. O meu avião só parte na manhã seguinte, aproveito para ir ver o que falta, enquanto caminho oiço as músicas que lhe ensinei lá da minha terra, naquela que nunca o vou ver. E agora percebo, eu apaixonei-me, MERDA, choro a passar pelo sitio onde lhe dei o nosso último beijo.
Mais uma volta ... mais uma viagem... é melhor rodar... não parar.